25 de jul. de 2014

A MENINA SEM PALAVRA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.


Mia Couto escolheu com perfeição o titulo de sua obra. “A Menina Sem Palavra” que também intitula o conto ao qual iremos comentar.
Ate agora foi o que mais me encantou como leitora. A magia e o sentimentalismo é profundo, puro e leve.
O autor conseguiu explorar um mundo de sonhos, nos moldando a uma personagem que vivia em outro mundo, que tinha uma percepção diferente de sua história e que amava incondicionalmente.
A Menina Sem Palavra, é uma garota jovem que em toda a sua vida nunca proferiu uma só palavra, que fosse inteligível aos seus familiares e amigos.
Seu pai sempre lhe implorava para que a mesma falasse com ele, para que a menina pudesse se curar do que a atormentava.
O seu dialeto era tão incomum que tocava as pessoas. Era como se ela estivesse cantando e encantando em uma língua em que só ela entendia.
Mas quando seu pai chorou em sua frente, já desesperado. Sem saber o que realmente estava acontecendo, sem saber mais que ajuda procurar. A Menina falou sua primeira palavra. A única que seu pai entendeu. Ela falou enquanto beijava e secava as lágrimas que escorriam pela face de seu amado pai.
Mar.
A única palavra que ela proferiu, foi Mar.
O homem ficou em uma felicidade sem fim. Gritava e sacudia a garota. Todos os seus familiares foram ver o que estava acontecendo. Ela falou, ela realmente falou. Mar, ela falou.
Toda a empolgação se desfez, assim como surgiu. Nada mais saiu da boca da Menina, nada mais ela disse.
Mas ele tinha uma ideia, levou-a para uma viagem até o Mar. Uma praia seria sua salvação.
A menina alcançaria a cura?
Conseguiria falar apreciando o Mar?
Esse pai teria a felicidade de poder conversar com sua filha?
Uma história emocionante que nos envolve totalmente.
Casa de Livro Recomenda.



Titulo: A Menina Sem Palavra - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

 

Falava em língua que nem há nesta actual humanidade. Havia quem pensasse cantasse. Que se diga, sua voz era bela de encantar. Mesmo sem entender nada as pessoas ficavam presas na entonação. E era tão tocante que havia sempre quem chorasse.
Seu pai muito lhe dedicava afeição e aflição. Uma noite lhe apertou as mãozinhas e implorou certo que falava sozinho:

- Fala comigo, Filha!

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