16 de nov. de 2016

IRMÃ - Rosamund Lupton


Rosamund Lupton é uma grande referência na literatura atual.
Suas obras possuem a dosagem certa de mistérios em suspenses que nos prendem e nos fazem querer desvendar cada acontecimento, através de suas pistas.
"Irmã" é uma história espetacular.
A autora usou toda a sua criatividade para nos mergulhar em um quebra-cabeça psicológico, aparentemente sem solução.
Beatrice sempre foi uma mulher reservada, organizada e previsível. Talvez os acontecimentos em sua infância tenham influenciado a mesma a ser tão metódica.
Ainda pequena presenciou a morte de seu irmão. Leo era uma criança adorável que sofria de fibrose cística. Foram oito anos de dor, sofrimento e luta. 
Após a morte de Leo, Beatrice e sua irmã mais nova, Tess, vivenciaram a dor de sua mãe.
Uma jovem mulher que perdeu o brilho e a vontade de viver. E que foi abandonada pelo marido, criando as filhas sozinha.
Beatrice não aguentava mais certas lembranças, e em sua primeira oportunidade mudou-se para Nova Iorque, onde fez uma carreira sólida e conquistou amigos e status.
Mas não abandonou totalmente suas raízes. Sua mãe e sua irmã Tess, eram seu bem mais precioso.

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Tess era totalmente o oposto de sua irmã. Um espírito livre.
Uma estudante de arte que demonstrava em cores todos os seus sentimentos.
Uma mulher desapegada de bens materiais, que só enxergava o amor e as qualidades dos seres humanos.
Mas seu mundo desmoronou quando descobriu que estava grávida e que seu filho sofria da fibrose cística, a mesma doença que matou seu irmão.
Mesmo longe, Beatrice, era seu porto seguro. As irmãs eram amigas, unidas e confidentes.
Tess comentou que estava sofrendo.
O pai de seu filho era casado e exigia um aborto.
Algo que ela jamais faria.
Com a descoberta da doença, Tess procurou por alternativas e possibilidades que pudessem ajudar seu filho.
Foi quando descobriu um laboratório que estava desenvolvendo  a cura em fetos que possuíam a doença.
Mesmo contra a vontade de Beatrice, Tess iniciou o tratamento.
Mas ela não esperava que o inferno viria junto.
Algo daria errado?
Tess passou a sofrer torturas psicológicas e ameaças brutais.
Não queria preocupar sua irmã, mas não sabia a quem mais recorrer.
Quando Beatrice recebeu a notícia de seu desaparecimento, sentiu em seu coração que ela estava morta.
E realmente partiu, para encontrar o corpo de Tess.
O laudo foi concluído como suicídio.
O bebê, Xavier, morreu durante o parto. Tess não suportou à perda, e a depressão fez ela se matar.
Seria verdade?

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Beatrice não acredita nessa conclusão. 
Conhecia sua irmã melhor que todos, e tinha certeza que Tess seria incapaz de ceifar a própria vida.

Ela abandonou tudo. Carreira, Apartamento, Noivo, sua vida.
Beatrice largou mão de toda a sua vida e partiu em uma investigação alucinante para provar que sua irmã foi assassinada, e encontrar o autor do crime.
Foi rotulada de louca.
Ameaçada.
Psicologicamente torturada.
Mas não desistiu de sua justiça.
Dissecou a história de sua irmã por inteira, e foi em busca da verdade.
Beatrice conseguirá revelar o mistério?
Tess foi realmente assassinada?
Uma história alucinante e surpreendente que todos devem ler.
Casa de Livro Recomenda.

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Foram horas de terror na escuridão e inúmeras palavras, mas, no fim, tudo se
reduz a tão pouco.

Desculpe-me.

Amo você.

Sempre a amarei.
Bee.

Titulo: Irmã
Titulo Original: Sister
Autora: Rosamund Lupton
Páginas: 322
Ano: 2010
Editora: Record

Boa Leitura
Casa de Livro
Karina Belo



Querida Tess,
Eu faria qualquer coisa para estar agora, neste exato momento, com você, para segurar sua mão, olhar seu rosto, escutar sua voz. Como o toque, a visão e a audição — todos esses receptores sensoriais, nervos ópticos, tímpanos vibrantes — podem ser substituídos por uma carta? Mas já usamos palavras como intermediárias antes, não usamos?

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Estamos unidas por milhares e milhares de recordações que se sedimentaram em nós, tornando-se parte do que somos. E, dentro de mim, está a garota de cabelo
caramelo, passando veloz em sua bicicleta, enterrando seu coelho, pintando telas com explosões de cores, amando seus amigos e telefonando-me em horas inconvenientes, implicando comigo, cumprindo perfeitamente o sacramento do momento presente, mostrando-me a alegria da vida. 



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