Logo
chegaremos ao fim do livro “A Menina Sem Palavras”. Que obra encantadora, não?
Cada
conto que o compõe nos faz viajar por momentos e vidas diferentes.
Faz-nos
refletir, se encantar e desejar fatos diversos.
“O
Nome Gordo de Isidorangela”, o conto que iremos comentar hoje, nos mostra os
absurdos e abusos contra uma garota obesa.
Isidorangela
é filha do prefeito da cidade, menina encantadora, tímida e obesa.
Totalmente
apaixonada por doces, vivia com um algodão doce nas mãos.
Era
sempre motivo de chacota, com os garotos da cidade. As meninas riam dela e
sempre a deixavam de lado.
As
brincadeiras eram sempre pelas costas da gordinha, pois por ser filha do prefeito,
ninguém queria deixá-la triste.
Como
se ela já não estivesse, como se não sentisse toda aquela onda de preconceito
bobo e injustificável contra si.
Porém
um dos homens da cidade era apaixonado pelo pai de Isidorangela. Digo
apaixonado, pois era apenas o prefeito que era idolatrado por aquele homem. Em
sua casa, sua esposa e seu filho não aguentavam mais ouvir falar daquele homem.
Sua
mulher estava cada dia mais irritada, mais enciumada. Ela poderia matar
facilmente aquele prefeito.
Mas
será que era com o prefeito que a velha senhora deveria se preocupar?
Certo
dia o homem chegou à casa alvoroçado.
Fez
seu filho tomar banho, pentear o cabelo. Colocar roupa e sapato novos.
Eles
iriam até a casa do prefeito.
E
o garoto deveria ser galante com Isidorangela.
Foi
então que tudo veio à tona.
A
verdade que seu pai escondia.
Os
verdadeiros motivos de tanto “puxar o saco” do prefeito.
Qual
o segredo que o homem esconde?
Porque
usar seu único filho de tal forma?
Uma
história linda, que todos precisam conhecer.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo:
O Nome Gordo de Isidorangela - A Menina
Sem Palavra.
Autor:
Mia Couto
Páginas:
160
Ano:
2013
Editora:
Boa Companhia
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
A gula venceu-me e, língua em ristem
desmanchou aquele castelo de doçura enquanto arrastava a volumosa criatura pelo
soalho encerado. Acreditando que a queria a ela, Isidorangela fechou os olhos e
se inclinou disposta e disponível. Meu pavor era ela escorregar e desabar, em
desamparo, sobre mim. Fui rodando pelo salão, entre a agonia dos pés e o
deleite dos açúcares desfazendo-se-me na boca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: