10 de set. de 2014

O FANTASMA ÚTIL - (Contos de Fantasmas) - Daniel Defoe.


Mais um conto que compõe o livro “Contos de Fantasmas” escrito pelo talentosíssimo Daniel Defoe.
Daniel tem uma maneira única de escrever, que nos cativa profundamente.
O conto de hoje “O Fantasma Útil” nos mostra uma história engraçada e totalmente envolvente.
Um homem que tinha um casarão que necessitava ser demolido. Ele sabia que o dinheiro a ser gasto no procedimento seria absurdo, e deseja de todas as formas poder gastar tal quantia com bebidas ou coisas mais gostosas.
Mas seria inevitável colocar a obra a baixo, ele precisava bolar uma forma de conseguir o feito sem gastar.
Foi então que uma ideia lhe ocorreu.
Chamou um rapaz para ficar vestido com um lençol branco, lhe pagaria algumas poucas moedas de ouro se lhe ajudasse em seu projeto.
Passou então a espalhar a noticia de que havia um fantasma morando no local.
Um fantasma que guardava um grande tesouro.
Logo a notícia se espalhou de tal maneira, que todos passavam por lá para tentar enxergar o fantasma que tanto arrepiava a população.
A veracidade foi confirmada, e com ela foi confirmado que o tesouro deveria realmente existir então.
Os homens se juntarão, e pediram ao dono do casarão para escavar aquele chão e encontrar um tesouro ali perdido.
Esse era o objetivo do homem, ele disse que poderiam sim colocar aquela construção para baixo, mas se encontrassem um tesouro, deveria dividir com ele.
Os homens cairiam naquela armadilha?
Trabalhariam de graça, em busca de um tesouro que não existe?
Daniel Defoe consegue nos surpreender novamente.
Casa de Livro Recomenda.


Titulo: O Fantasma Útil - Contos de Fantasmas
Autor: Daniel Defoe
Ano: 1720
Páginas: 120
Editora: L&PM POCKET

Boa Leitura
Casa de Livro.

Karina Belo.





Era tão forte a convicção, suscitada pelos passeios da aparição, de que encontrariam dinheiro que nada podia diminuir o afinco com que os aldeões trabalhavam. Como se as almas das velhas monjas ou frades ou de quem quer que fosse que ali escondera qualquer tesouro, supondo que havia algum tesouro escondido, não conseguissem repouso, ou pudessem preocupar-se com que o dinheiro fosse achado, tantos anos depois, pois a construção tinha quase duzentos anos.

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