Mais
uma história contada por Mia Couto, que compõe o livro “A Menina Sem Palavra”. O
conto de hoje, nos mostra um sentimento que pode mover barreiras, a fé.
Um
mundo, uma humanidade sem fé, em qualquer coisa ou assunto, seria sem vida. Sem
crença, sem luta.
“As
Baleias de Quissico” nos explica exatamente isso.
Bento
era um homem simples, do interior de Portugal, que viu sua família, seus
amigos, e todas as pessoas que moravam ali nos arredores, morrerem de fome.
Nada
podia ser feito. A crise estava afetando a cada ser humano ali existente.
Comida
era luxo.
Comida
era vida, que precisava de luta para mantê-la.
Mas
Bento escutou boatos, de que todas as noites, na calada da madrugada, uma baleia
aparecia.
Era
como um supermercado ambulante. Ela trazia tudo dentro de si.
Abria
a boca e ali estava tudo o que precisavam.
Seria
verdade que um animal poderia ajudá-los?
Bento
foi chamado de louco, todos acharam que ele estava doido. Como uma Baleia
poderia ser um armazém?
Mas
Bento não desistiu do seu objetivo, viajou para o litoral a fim de encontrar a
tal baleia.
De
mostrar que estava dizendo a verdade.
De
provar que acreditava que poderia salvar as pessoas que estavam sofrendo com a
fome.
E
claro, para conseguir um dinheiro, vendendo algumas coisas que poderia
encontrar dentro da baleia.
Durante
sua peregrinação muito aprendeu. Curiosidades que ele não poderia imaginar que
existia.
Mas
o tempo foi passando, as noites silenciosas e frias se acabando.
Bento
estava desacreditado. Porém sua fé mantinha-se intacta.
Qual
será o desfecho dessa história?
Bento
conseguirá encontrar a Baleia?
Ela
aparecerá para esse homem que tanto a venera?
Mia
Couto mais uma vez consegue expor sentimentos únicos, através de palavras magníficas.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo:
As Baleias de Quissico - A Menina Sem Palavra
Autor:
Mia Couto
Páginas:
160
Ano:
2013
Editora:
Boa Companhia
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
As pessoas não conhecem o nome. Foi um
jornalista que disse essa coisa de baleia, não-baleia. Só sabemos que é um
peixe grande, cujo esse peixe vem pousar na praia. Vem da parte da noite. Abre
a boca e, chiii, se você visse lá dentro... Está cheio das coisas. Olha, parece
armazém, mas não desses de agora, armazém de antigamente. Juro é sério.
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