Mia
Couto nos apresenta novamente uma história emocionante.
Através
da leitura da obra “A Menina Sem Palavra” consegui constatar que o autor
escreve com a alma, com o coração.
Os
contos por ele escritos são envolventes de uma forma única. É impossível não se
identificar, não refletir, e não amar de formas distintas, cada personagem por
ele descrito.
“O
Coração do Menino e o Menino do Coração” nos mostra uma história singular.
Um
garoto que não conseguia se expressar por palavras. Na época, sua família não sabia
a existência de atrasos mentais, ou problemas congênitos. Poderia ser essa a
causa de tanto sofrimento para o garoto.
Os
médicos queriam estudá-lo, encontrar uma cura ou pelo menos um caminho sobre o que realmente existia com o garoto, para poder ajudar ao mesmo, ou outras
pessoas.
Porém
a família não concordou com tais projetos.
O
coração do menino pulsava, como se existissem milhões de minúsculos corações
dentro dele, batendo em um ritmo frenético.
Tudo
se intensificava quando sua prima Marlisa estava por perto.
O
menino era completamente apaixonado por ela. Várias cartas ele escreveu.
Ela
nunca abriu nenhuma.
Um
garoto que não sabe se expressar por palavras, que sempre fala enrolado, como
poderia ele escrever?
Nunca
ninguém acreditou na capacidade do garoto, não acreditavam que ele poderia ser
um menino comum, como tantos outros.
Mas
quando o pior aconteceu, foi que tudo veio à tona.
Ele
sabia sim escrever. E nas cartas continham revelações únicas.
Mia
Couto nos transportou para uma vida magnífica, nos fazendo entender e viver através
de um garoto totalmente amargurado.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo:
O Coração do Menino, E o Menino do Coração - A Menina Sem Palavra.
Autor:
Mia Couto
Páginas:
160
Ano:
2013
Editora:
Boa Companhia
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
Aquilo não eram cartas, mas versos de
lindeza que nem cabiam no presente mundo. Marlisa inundou a tristeza,
tingiram-se as letras. Quanto mais à prima primava em seguir leitura mais
rimava com nenhuma outra mulher, toda ela fora do contexto de existir. A moça
se apaixonava postumamente?
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