Mia
Couto, que vem nos encantando a cada conto descrito na obra “A Menina Sem
Palavra”, nos mostra novamente seu talento em uma história mágica.
“Nas
águas do Tempo” nos mostra um garoto que sempre fazia um passeio pelo rio,
acompanhado de seu velho avô.
O
menino era jovem, não entendia o porquê de todo aquele ritual. Não entendia
porque seu avô, todo o fim de tarde, pegava seu barquinho e passeava por
aquelas águas.
O
menino ficava impressionado com o silêncio daquele lugar.
Ele
nada identificava de novo ou estranho naquele local.
Mas
no meio das árvores, que rodeavam o rio, seu avô vislumbrava uma figura.
Quando
o senhor pegava um pano vermelho e agitava ao vento, o garoto entendia que
tinha alguém ali. Os observando.
O
menino tentou pular de seu barquinho.
Nadar
até aquele local, tentar visualizar algo em meio a toda aquela neblina.
Foi
quando o mar começou a sugá-lo para o fundo.
A
força era tanta que ele não conseguia se agarrar ao barco, não conseguia ficar
com a cabeça para fora da água.
Ele
estava se afogando.
Ele
iria morrer.
Seu
avô gritou, a única forma de conseguir salvar-se era saldando a aparição.
Ele
tirou então o pano do bolso e começou a acenar, para quem quer que esteja ali.
Tudo
então se acalmou.
Ele
estava de volta, e agora entendia o seu avô.
O
que existe atrás daquelas árvores?
O
que será essa misteriosa figura?
Mas
um conto que compõe a obra maravilhosa, assinada por Mia Couto.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo:
Nas águas do Tempo - A Menina Sem Palavra.
Autor:
Mia Couto
Páginas:
160
Ano:
2013
Editora:
Boa Companhia
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
A maneira como me apertava era a de um cego
desbengalado. No entanto, era ele quem me conduzia um passo à frente de mim. Eu
me admirava da sua magreza direita, todo ele masculíneo. O avô era um homem em
flagrante infância, sempre arrebatado pela novidade de viver.
Great, big Writer!
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