29 de dez. de 2015

NÃO CONTE A NINGUÉM - Harlan Coben


Iremos comentar um pouco sobre uma incrível obra escrita pelo jovem e talentosíssimo Harlan Coben.
Não conte a ninguém é uma história completa, onde somos transportados para um mundo de mentiras, crimes e sofrimento.
Harlan Coben conseguiu colocar em duzentas e cinquenta páginas uma emoção sem limites. Ação, suspense e romance. A história de um trágico, lindo e triste amor. Obra que em 2006 foi adaptado para o cinema em uma produção francesa vencedora de quatro Cesars, inclusive de melhor ator e diretor.
Tudo começa com duas crianças que se conhecem quando ambas tinham apenas sete anos de idade. David Beck, e Elizabeth. A amizade desses garotos foi ficando cada vez mais forte, era quase impossível encontrá-los separados. E isso preocupava muito os pais do casal, principalmente os pais dela. O pai de Beth é um policial veterano e que não gosta nada nada de Beck, pois o pai do rapaz descobriu segredos que pode mudar a vida de uma família inteira. Mas será que o pai de Elizabeth tem medo de alguma coisa?
Os anos se passaram e o que era apenas uma amizade, se transformou em namoro. O sentimento era tão forte, puro e verdadeiro que eles marcaram até a data do primeiro beijo, horário e tudo mais, e todos os anos eles rabiscavam uma “barrinha” em uma árvore para comemorar, mas não é uma árvore qualquer, é o local onde o primeiro beijo ocorreu. 


David se formou em medicina, hoje ele é um pediatra e ama ajudar as crianças. Fazendo trabalhos voluntários, Beck ficará conhecido por todo tipo de gente, e um magnata do crime se sentirá em divida com o Dr. E isso fará uma grande diferença em sua vida no decorrer da história.
Elizabeth agora é uma advogada de renome, assim como Beck também fará trabalhos voluntários, mas no seu caso ela estará envolvida com crimes, e quando tem acesso a informações perigosas que envolvem pessoas poderosas, ela passa a correr um sério risco de morte.
Agora a oito anos, enquanto comemoravam o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa, Elizabeth, sofreram um terrível ataque.
Enquanto David estava tirando uma soneca na tranquilidade do lago, a noite caia e com ela os gritos de sua Elizabeth, foram ficando mais fortes e mais urgentes. Gritos esses que David nunca mais conseguirá esquecer.


Quando ele vai tentar salvar sua esposa, acaba sendo brutalmente atacado, ele sente o sangue escorrendo de seu rosto, escuta seu crânio se partindo, e sente a água do lago envolvendo seu corpo, e depos... Escuridão.
David fica em coma por um longo tempo, quando acorda, chamando por Elizabeth, descobre que naquela fatídica noite, ela foi raptada e brutalmente assassinada por um Serial Killer.
Beck sente que sua vida não tem mais sentido, mais de vinte anos juntos para tudo terminar assim... Ele se sente impotente ao lembrar que ela foi pega enquanto ele dormia que a levaram, enquanto ela gritava por ele, em prantos era seu nome que ela chamava em socorro e ele... Nada conseguiu fazer. Mas tudo piorou para Beck quando soube que durante três dias sua esposa ficou nas mãos de seu sequestrador, sendo torturada, sofrendo e sabe se lá mais o que.
O desejo de David é morrer, mas como? Ele não merece apagar essa dor, ele tem que sofrer sem Elizabeth, pra sentir toda a dor, pagar por tudo o que ela passou por ele não ter a salvado.


Mas agora, oito anos após a morte de sua esposa, após David seguir com sua vida, o caso volta a tona quando a polícia encontra dois corpos enterrados perto do local do crime, junto com o taco de beisebol usado para nocautear David.
O Dr. David Beck se vê novamente envolvido no caso que acabou com seu mundo, e o pior é que agora esta sendo perseguido e acusado de ter matado sua própria esposa. Será que David seria capaz de planejar a morte de Elizabeth?
Mas porque ele faria tal crueldade?
Por dinheiro?
E como ele poderia ter acabado com a vida da pessoa que mais amou?


David Beck agora esta sendo monitorado secretamente tanto pela polícia quanto por bandidos.
Mas para deixá-lo ainda mais suspeito, David começa a receber e-mails anônimos, com códigos que apenas ele tem conhecimento.
O primeiro e-mail é um link que será ativado na hora do beijo, ele só deve clicar na hora exata. E quando chega o momento e David clica, para sua surpresa é uma câmera de rua, e quando ele observa atentamente lá esta sua esposa. Viva, olhando através daquele equipamento, em seus olhos e sussurrando duas palavras... “sinto muito”.
Ela esta viva.
Sua Elizabeth ainda vive.
Mas como? Já se passaram oito anos.
Seu pai reconheceu o corpo, o assassino já esta na prisão.
Como Beth pode estar viva?
David começa a investigar por conta própria, e descobre que pessoas poderosas estão por trás de todo esse mistério e do suposto assassinato de sua esposa.
Quanto mais ele descobre mais pessoas queridas perdem a vida, e cada vez mais a sua própria vida fica marcada para a morte.
David conseguirá provar sua inocência?
Agora ele não esta sendo acusado apenas pela morte de Elizabeth, mas por várias outras, em que todas as pistas apontam para ele.
Beck conseguirá descobrir a verdade sobre Elizabeth?
Ele sairá vivo?
Uma trama espetacular, onde Harlan Coben nos mostra todo o seu talento. Onde ele nos detalha com perfeição um jovem que esta na mira do FBI como principal suspeito da morte da esposa e caçado por um perigosíssimo assassino de aluguel, David contará apenas com o apoio de sua melhor amiga para descobrir toda a verdade.
O amor sobreviverá a toda essa tragédia?


 Pequeno perguntou: 
- Mas quando tivermos morrido e partido, você continuará me amando, o amor continuará?

Grande abraçou o Pequeno carinhosamente enquanto contemplavam a noite, a lua na escuridão e as estrelas brilhantes.

- Pequeno, olhe as estrelas, como brilham:
 Algumas já morreram faz tempo. Mas elas continuam brilhando no céu noturno, para você ver, Pequeno, que o amor, como a luz das estrelas, nunca morre...


Titulo: Não Conte a Ninguém.
Titulo Original: Tell No One.
Autor: Harlan Coben.
Ano: 2011
Páginas: 250
Editora: Arqueiro.

Boa Leitura.
Casa de Livro. 
Karina Belo.


Vinte e uma barras. Já contei quatro vezes.

Uma brincadeira de mau gosto, cruel. Eu sabia. Fechei o punho como se fosse dar um soco. Perguntei-me que filho da puta tinha enviado aquela mensagem. É fácil se manter anônimo em e-mails – o melhor refúgio de um tecnocovarde. Mas o fato era que poucas pessoas sabiam da nossa árvore e do dia do primeiro beijo.

Portanto, quem enviara aquilo?


Ela manteve a mão levantada. Lentamente, consegui levantar minha mão. Meus dedos tocaram a tela quente, tentando encontrar os dela. Mais lágrimas rolaram. Acariciei suavemente o rosto da mulher e senti meu coração afundar e alçar voo ao mesmo tempo.

- Elizabeth – murmurei.

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