2 de mai. de 2013

Fernando Morais - OLGA


                      

Olá leitores da Casa de Livro Blog!
Hoje iremos comentar sobre uma obra escrita por Fernando Morais. História essa que conta a história de Olga Benário, uma das mulheres mais lindas e corajosas que existiram em nossa história.
Olga nasceu em Munique, na Alemanha. Filha de um renomado advogado, que tinha como política o poder vigente e era aliado a capital.
Aos quinze anos, Olga já tinha ligações com o comunismo, batendo de frente com seu próprio pai e indo contra a tudo o que ele pregava sobre política.
Mesmo se tratando de uma mulher, já que a imagem feminina não era bem quista na época, Olga era determinada e corajosa e assumiu a liderança de seu partido. Tornou-se então uma líder comunista, prioridade por ter se transformado em uma poderosa "arma" que poderia, posteriormente, atingir os países que ainda não haviam adotado o comunismo.
Em uma de suas missões, Olga invade uma prisão alemã para refugiar Otto Braun.
Otto é um líder comunista que foi preso sob a acusação de trair a nação alemã. No meio de toda essa fuga e perigo, Olga vai se esconder com Otto na Rússia, onde os dois passam a curtir um pouco o namoro. Eles são muito mais que amigos que lutam pela mesma causa. Porém por mais que ame Otto, ela precisa separar-se para enfrentar uma nova missão. 

Treinada e à altura para enfrentar tais perigos, o Partido Comunista manda a revolucionária para o Brasil, na companhia de Luis Carlos Prestes, responsável por iniciar revoluções contra o governo autoritário e populista de Vargas.
É nessa viagem para a América do Sul, que a vida de Olga muda completamente.
Deixando Otto Braun sozinho na União Soviética, Olga começa uma nova vida, casando-se com Prestes e aproveitando a viagem, até o momento em que se iniciou a terrível missão. No Brasil, juntamente com alguns estrangeiros treinados e enviados pelo Partido Comunista, eles planejam a tomada do poder.
Será possível derrubar o atual governo Vargas?         
Quando tomaram frente e invadiram várias sedes do exército brasileiro, não esperavam que Vargas estaria preparado. Os capitães da revolta foram presos, e Olga junto com Prestes foram caçados e encontrados. E para completar, Olga estava grávida.
Vargas se delícia, é uma grande oportunidade para penalizar Prestes. Olga é enviada ao seu País de origem, onde Hitler prendia os comunistas e judeus.
Pobre Olga, infelizmente além de comunista e perigosa, era uma judia alemã. A jovem revolucionária parte para seu terrível destino, e dá a luz a uma menina. Anita Leocádia.
O que será de Olga e sua filha?
Sem o marido, a filha e qualquer lei que pudesse a proteger do nazismo, Olga é mantida presa em um campo de concentração, onde é torturada e forçada à trabalhos cansativos e sem fim. Mas em 1941 uma lei que autoriza matar todos os prisioneiros, pode vir a mudar a sua vida, a sua história.           
Olga terá uma chance de rever seu marido?
Um dia sentirá novamente a filha em seus braços?
Uma obra completa, que mesmo com seu ritmo lento, Fernando Morais conseguiu nos passar toda a emoção devida.
Casa de Livro Recomenda!

Quero que me entendam bem: Preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegar!



Titulo: OLGA
Autor: Fernando Morais
Ano: 1994
Páginas: 314
Editora: Companhia das Letras

Boa Leitura.

Casa de Livro Blog

Karina Belo.






Inúmeras vezes o estoque de remédios da tropa era integralmente utilizado para atender às miseráveis populações encontradas pelo caminho. A tragédia das condições de vida das populações que a Coluna cruzava pelo interior horrorizava os comandantes, ambos nascidos em família de classe média: mesmo tendo convivido com a pobreza do Sul, defrontavam-se com um Brasil ainda mais faminto, miserável, atrasado. Ao ver criancinhas arrancando raízes do chão para fazerem a única refeição do dia, Prestes se convencia ainda mais da necessidade de mudar a face daquele País.

              


Eu não sei o que quero ser, mas sei o que eu não quero me tornar.

      

Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último momento não terão porque se envergonhar de mim.

                             

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