8 de ago. de 2014

O BOMBEIRO QUE SONHAVA PÁSSAROS - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.


Mais um conto que compõe o livro “A Menina Sem Palavra”, escrita pelo talentosíssimo Mia Couto.
Novamente ele foi capaz de nos envolver, e superar a história anterior.
Mia Couto escreveu uma história leve e fantástica.
Usou elementos, que infelizmente, ainda fazem parte da nossa realidade. Como o racismo, que foi abordado de uma forma incrível, no conto ao qual iremos relatar.
“O Bombeiro que Sonhava Pássaros” nos apresenta um homem humilde, encantador e negro.
Nome? Ele não tinha nome. Era conhecido apenas como Passarinheiro.
Ele era um vendedor, mas não um vendedor qualquer, o negro era um encantador de pássaros.
As crianças da vizinhança esperavam ansiosas a chegada do negro.
 Amavam escutar a melodia calma que ele produzia através de sua gaita. Adoravam apreciar os pássaros coloridos dançarem ao som da música.
Os colonos que ali viviam não estavam nada contentes.
Quem era aquele negro abusado?
Como ele ousa sujar nosso bairro com esses pés imundos?
Como ele pode trazer tais criaturas para vender ali?
Muitos dos colonos tinham seus comércios ali, e viam a figura do Passarinheiro como algo ruim.
Surgiu então um pacto para tirá-lo da vizinhança, para acabar com ele.
As únicas pessoas que poderiam ajudá-lo eram as crianças.
Um plano cruel será traçado.
Mas a verdade será revelada.
Quem é aquele negro?
Qual a verdadeira identidade do Passarinheiro?
De onde vem tanta magia?
Mais uma obra escrita por Mia Couto, que nos emociona do começo ao fim.
Casa de Livro Recomenda.





Titulo: O Bombeiro que Sonhava Pássaros - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

 


O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam, era preciso acabar com as visitas do Passarinheiro. Que a medida não podia ser morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. O remédio, enfim, se haveria de pensar.

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