O
livro que iremos comentar agora é totalmente inesperado, surpreendente e
cativante.
Afirmo
essas informações, pois ao terminar a leitura, continuei em êxtase profundo e
com uma emoção no peito que poucos livros me trouxeram.
Posso
dizer que Gayle Forman conseguiu reunir fatos e momentos tão marcantes para
seus personagens, que ficará gravado na memória de cada leitor, que tiver a
honra de apreciá-lo.
“Se
Eu Ficar”, o próprio título já nos leva a questionar qual o sentido da vida? O
que seria o ficar? Onde ficar?
Nos
contado a história de uma garota de dezessete anos, a obra nos leva a momentos
distintos. Mesclando tristeza com felicidade, amor com ódio, vida ou morte.
Mia,
sempre foi uma garota simples, não era popular no colégio, era estudiosa, mas
não “nerd”. Não era a mais cobiçada pelos garotos, mas era amada por Adam, seu
namorado.
O
que conseguiu unir esses dois jovens apaixonados foi o amor pela música. Adam é
o guitarrista de uma banda que vem ganhando espaço no mundo do rock. Mia é a
grande promessa do violoncelo.
Apaixonada
pela música clássica, ela precisa se fazer forte no meio do rock. Um mundo que
deveria lhe pertencer, pois seus pais amam o estilo. Seu próprio pai era
músico, assim como seu atual namorado. Mas é nos show’s de Rock que a garota
mais se sente deslocada.
Mas
as diferenças são ultrapassadas pelo que ela sente por sua família.
Mas
em uma manhã de inverno, onde todos os compromissos da cidade foram cancelados
por conta de uma nevasca que não apareceu, que a vida de Mia mudará
radicalmente.
Como
ninguém iria trabalhar ou estudar, seus pais decidiram que iriam fazer um
grande passeio.
Mia
e Teddy, seu irmão de oito anos, ficaram incrivelmente animados com a ideia do
passeio. Visitariam pessoas que muito amam, e passariam um dia inteiro ao lado
dos pais.
Porém
no caminho um acidente aconteceu. O destino foi traiçoeiro com uma família que
desejava permanecer unida, até a velhice.
Um
caminhão atingiu em cheio o carro em que estavam. Seus pais morreram na hora.
Mia e seu irmão foram hospitalizados em estado gravíssimo.
A
garota entrou em coma, e por mais surreal que possa parecer, seu espirito
conseguiu ver tudo.
Mia
viu seus pais falecidos.
O
aspecto de sua mãe. Os restos mortais deles espalhados pelo asfalto.
Mas
quando viu seu próprio corpo em total catástrofe, tudo paralisou.
Como
ela poderia estar ali deitada no chão, se estava consciente e vivendo tudo a
sua volta?
Ela
foi levada as pressas ao hospital, não conseguia respirar por si própria.
Foram
feitas cirurgias, curativos, aparelhos foram ligados em seu corpo. E ela estava
ali, vendo tudo.
Mia
estava presente quando seus familiares começaram a chegar.
Ela
sentiu, ela viu, ela viveu todas as tristezas deles.
Mia
tinha uma escolha a fazer.
Ela
perdeu seus pais.
Descobriu
que o pior também aconteceu com Teddy.
Mas
viu que era amada, que tinha uma família ali esperando por ela. Que tinha
amigos. Que estava amparada por Adam.
Adam
que ela tanto ama estava ali. Largou tudo para poder fazê-la ficar, fazer com
que Mia volte pra ele. Ajudando-a lutar.
Mas
é tão desgastante para ela, estar ali. Presenciando tudo aquilo.
Precisando
escolher.
Ela
queria acabar com tudo.
Com
o sofrimento.
Com
a dor.
Mia
precisa decidir se voltará à vida, ou se entregará a morte ao lado de sua
família.
Todos
irão lutar incansavelmente para mostrar que ela é amada, e que terá uma família
ao seu lado.
Mia
conseguirá suportar a vida sem seus pais?
Sem
o seu amado irmão?
Mas
conseguirá causar tamanha dor a Adam?
Aos
seus avós?
Adam
só faz um pedido a ela. “Fique”, enfrente o mundo. Mostre o seu talento. Prove
que você renasceu para brilhar.
Uma
história emocionante que nos faz identificar o poder do verdadeiro amor.
Se Eu Ficar. Se Eu Viver. A escolha é só
Minha.
Titulo:
Se Eu Ficar
Titulo
Original: If I Stay
Autor:
Gayle Formam
Ano:
2009
Páginas:
224
Editora:
Novo Conceito
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo
Você jamais esperaria que o rádio
continuasse funcionando depois do que aconteceu. O carro é destruído. O impacto
de quatro toneladas de um caminhão a cem quilômetros por hora chocando-se
direto com o banco do passageiro tem a força de uma bomba atômica. As portas do
carro são arremessadas para longe e o banco do passageiro voa pela janela do
motorista. O chassi é arrancado, bate na pista e o motor do carro se solta como
se tão frágil quanto uma teia de aranha. As rodas e as calotas são lançadas na
floresta. Parte do tanque de gasolina é incendiadas, acendendo pequenas
chamadas na estrada molhada.
- Não duvidem nem por um minuto que ela
consegue ouvi-los – diz ela. – Ela tem consciência de tudo o que está
acontecendo.
A enfermeira fica ali parada, com as mãos
na cintura. Quase posso vê-la mascando um chiclete. A vovó e o vovô ficam
olhando para a mulher, absorvendo o que acabou de dizer.
- Vocês podem achar que são os médicos ou
as enfermeiras ou todos estes equipamentos que controlam o show – diz ela, gesticulando
na direção dos aparelhos. – Não não. É ela quem controla o show. Talvez, ela
esteja só esperando a hora certa. Por isso, conversem com ela. Digam que pode
usar o tempo que for necessário, mas que volte, porque estão esperando por ela.
- Tudo bem. Se você quiser partir – diz
ele. – Todos nós queremos que você fique. Eu quero que você fique mais do que
já desejei qualquer outra coisa na minha vida. – De tão emocionado, vovô diz
isso com a voz embargada. Ele faz uma pausa, pigarreia, respira fundo e
continua: - Mas esta é a minha vontade e vejo que talvez possa não ser a sua.
Então, eu só queria dizer que entendo se você decidir partir. Tudo bem se tiver
de nos deixar. Tudo bem se você decidir parar de lutar.
E, de repente, tudo o que preciso é segurar
a mão dele mais do que já precisei de qualquer outra coisa na vida. Não apenas
sentir que ele segura minha mão, mas segurar a dele também. Reúno cada gota de
energia na minha mão direita. Estou fraca, e fica difícil fazer isso. É a coisa
mais difícil que terei de fazer. Junto todo o amor que já senti, toda a força
que vovó, vovô, Kim, as enfermeiras e Willow me deram. Junto todo o ar que
mamãe, papai e Teddy me dariam se pudessem. Concentro todas as minhas forças
nos meus dedos e na palma da minha mão direita como se fossem um raio de laser.
Imagino a minha mão acariciando o cabelo de Teddy, pegando o arco posicionado
sobre o violoncelo e entrelaçada com a mão do Adam.
E então... Aperto.
todo mundo falando desse filmehehe!!!
ResponderExcluirhttp://mergulhado-em-historias.blogspot.com/