Mia
Couto consegue mostrar seu talento de forma inconfundível, em suas obras
escritas.
“A
Menina Sem Palavra” um livro que nos mostra as mais variadas facetas do autor,
em formatos de contos, com temas distintos.
O
conto de hoje nos mostra o quanto a ambição pode ser prejudicial a uma pessoa,
a uma família.
“A
Menina de Futuro Torcido”, nos mostra uma família humilde. Que poderia ter
batalhado juntas para conseguir uma vida melhor, mais confortável. Mas o homem,
o pai daquela casa, achava que tudo deveria ser ouro, tudo deveria ser do bom e
do melhor.
Escutava
pelas redondezas que um empresário estava atrás de uma contorcionista, para
fazer parte de um espetáculo que o mesmo estava promovendo.
O
homem então não mediu esforços, correu para casa e anunciou à sua filha Filomeninha,
que ela iria ser contorcionista.
Passou
a treinar a garota dia e noite, com afinco. Despertava a mesma com água quente,
e dizia que era para os ossos ficarem amolecidos.
A
garota dormia amarrada, para que sua coluna ficasse totalmente dobrada.
Os
dias foram se passando, e nada do empresário aparecer para ver sua filha, para
contratá-la e fazer deles ricos financeiramente.
Mas
a garota já não aguentava aquela vida.
Filomeninha
estava doente. Vômitos, tonturas, muitas dores pelo corpo.
Seu
pai não ligava, a missão dela era levar dinheiro para dentro daquela casa. Ela não
poderia ficar doente, ela tinha que sustentá-los.
Foi
então anunciado que o empresário estaria na cidade para fazer as entrevistas.
Era
chegada a hora, agora eles conseguiriam apresentar a menina contorcionista. O pai
iria realizar os seus sonhos.
Filomeninha
aguentará por mais um dia essa vida?
A
garota muito doente seria capaz de ajudar a família?
Porque
tanto desejo de riqueza?
Um
conto encantador, que nos faz refletir sobre diversas escolhas.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo:
A Menina de Futuro Torcido - A Menina Sem Palavra.
Autor:
Mia Couto
Páginas:
160
Ano:
2013
Editora:
Boa Companhia
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
Os tempos passaram Joseldo sempre esperando
que o empresário passasse pela vila. Na garagem os seus ouvidos eram antenas à
procura de notícias do contratador. Nos jornais os olhos farejavam pistas de
seu salvador. Em vão. O empresário recolhia riquezas em lugar desconhecido.
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