Delirium
é uma obra fantástica.
Carlos
Patricio já deixou provado seu talento.
Obra
composta por oito contos, que estamos resenhando individualmente.
O
conto de hoje “Agoniado” nos apresenta uma doença típica da
nossa sociedade atual.
Julio
é um jovem rapaz de vinte e oito anos.
Com
uma bela vida pela frente, que vários objetivos a ser conquistado.
Mas
sofria de uma terrível ansiedade. Uma doença que lhe rouba o sono e
a vontade de viver.
Julio
já tentou de tudo.
Acupuntura,
terapias, até os melhores especialistas da região. Mas nada poderia
ajudá-lo a melhorar.
Suas
noites eram sempre uma tortura. Acordava banhado em suor, com os
pesadelos atormentando a todo instante.
Seu cérebro nas desligava.
Seu
coração disparava a todo instante.
Sua
respiração era fraca.
Como
ele poderia sobreviver assim?
A
única coisa que lhe dava o mínimo alívio era o cigarro. Quando
tragava aquela substância que lhe tira a vida lentamente, sentia-se
vivo, calmo.
Mas
naquele dia não foi trabalhar. Correr e fumar não melhorou em nada
o que estava sentindo, aquela confusão em seu peito, uma perturbação
mental.
Ele
deveria procurar ajuda novamente, entender o que se passava com sua
vida, precisava encontrar o seu verdadeiro eu.
Em
sua casa uma arma carregada lhe esperava.
Já
estava cansado dos seus dias, das suas lutas.
Irá
se prender ao último fio de esperança que ainda lhe resta?
Ou
sucumbirá a essa agonia que lhe mata a cada dia?
Um
conto surpreendente que todos devem ler.
Casa
de Livro Recomenda.
Acordei.
Fora mais uma noite instável: cheia de sonhos.
Sonhos
que não podem ser classificados como pesadelos, mas que também não
são bons, pois, para mim, sonhos bons não existem. Para mim, uma
boa noite de sono é aquela serena e limpa, vazia de pensamentos.
Titulo:
Agoniado – Delirium
Autor:
Carlos Patricio.
Ano:
2014
Páginas:
228
Boa
Leitura.
Casa
de Livro.
Karina
Belo.
Não
apenas o prédio parece ter ouvido o desabafo poderoso de minha
garganta, mas também todos os que estão lá embaixo na calçada,
pois, neste momento, vários bonecos olham espantados para cima.
Respiro devagar e deito no sofá. O coração teima em pular. Preciso
sair daqui, preciso me mexer. Levanto e saio do apartamento. Tranco a
porta e desço pelas escadas – quando estou assim, agitado, não
suporto as pausas do elevador. Meus passos são rápidos, desço os
degraus saltitando, quase tropeçando, às vezes pulando de dois em
dois. Apresso-me em chegar ao térreo, para que eu possa...
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