6 de fev. de 2017

O DESVIO - Jeremias Soares


Jeremias Soares é um dos mais novos parceiros do Blog Casa de Livro.
Nos mostrando todo o seu talento, o autor nos levou por uma história alucinante.
"O Desvio" nos prova o peso de nossas escolhas. As vezes é impossível tentar mudar nossa vida.
Os erros podem ser maiores e podem prejudicam muitas outras pessoas.
César Maia sempre foi um garoto comprometido com sua vida. Lutava para ser alguém no futuro, para conseguir uma vida confortável.
Namorava a quatro anos com Clara, mas não sentia-se preparado para um casamento, mesmo com todas as investidas e indiretas da moça.
Eram muito jovens.
César tinha vinte e um anos, e Clara apenas dezenove anos. Porém ele acabou se iludindo com seus pedidos. O casamento ocorreu por conta de uma gravidez precoce.
Os anos ao lado de Clara não foram ruins.
Tiveram dois filhos lindos.
Mas os planos para o futuro foram interrompidos, o que deixou César insatisfeito.
Mas um acidente aconteceu.
César teve sua vida ceifada. Durante a passagem, uma figura misteriosa veio à seu encontro.
Justino era uma entidade que recepcionava algumas das almas em transição.
Alguns casos que ele considerava interessante, Justino lhe oferecia uma segunda chance.
Um desvio que César poderia tomar para mudar seu passado e o rumo de sua história.
O rapaz, mesmo desconfiado, acabou aceitando utilizar o desvio.
César não imaginou que ao aceitar o desvio ele mudaria a vida de todos ao seu redor.
Não pensou em sua família.
Não pensou em seus filhos.
Só desejava voltar aos seus vinte e um anos e fazer tudo diferente.
Queria curtir a  vida. Realizar os seus sonhos.
Mas tudo tem seu preço. 
E César iria pagar.
Ainda se casaria com Clara?
Quais as mudanças que tanto anseia?
O que acontecerá com sua família?
Uma história surpreendente que todos devem ler.
Casa de Livro Recomenda

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Se entregue a loucura. 
Não tem nada a perder.
Admita isso como um acontecimento sobrenatural real.

Titulo: O Desvio
Autor: Jeremias Soares
Páginas: 202
Ano: 2016

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo




Clara ficou ainda mais sentida. Sei que ela não esperava ouvir isso de mim. Nos conhecemos quando eu tinha dezessete anos e ela, quinze. Descobrimos juntos o sexo, mas o primeiro beijo dela também fui eu quem deu. Eu era um namorado confiável e, até o dia dos quatro anos de namoro, incrivelmente atencioso. Mudei da água para o vinho, e ela sentia isso.

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Ao acordar daquele sonho, procurei por Núbia, que dormia ao meu lado. Acariciei a namorada e lhe beijei o pescoço. Ouvi seu murmúrio e virei o corpo para o outro lado. Fazia muito tempo que eu não tinha um sonho daqueles. Sentia falta deles, pois eram engraçados. Pareciam mostrar o que teria acontecido caso tivesse tomado um rumo diferente no primeiro divisor de águas da minha vida. E o sonho que acabara de ter era curioso. Justamente na época em que estava empolgado com esse lance de escritor, sonhara com a antiga implicância de Clara com os meus livros. Era realmente curioso. Curioso e engraçado.

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Instantaneamente a visão se desfez. Com os pés enterrados na areia, voltei a ter diante dos meus olhos as águas do Atlântico. Meu corpo estava banhado pelo suor e o coração, quase saindo pela boca. A imagem do meu pai ceifado por um naco de metal permaneceu como um quadro pregado na parede da sala. Depois de quase um minuto de perplexidade, recebi o insight. Meu Deus, eu tive uma premonição!

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O cara que vestia chapéu e sobretudo mesmo no calor disse que não tinha como ver o meu futuro, e nisso eu acredito. Não existe alguém que defina o nosso destino ou saiba dele. A nossa sorte é definida em cada atitude, mesmo sendo ela uma coisa tão singela quanto seguir em linha reta ou dobrar em uma esquina. A morte horrenda dos meus pais e o acaso que me aproximou de Núbia são provas disso.

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