Uma das histórias mais belas que tive a honra de ler.
Benjamin Alire Sáenz, é um autor mexicano que consegue transportar toda a energia latina para suas histórias.
"A Lógica Inexplicável da Minha Vida". nos mostra conflitos familiares e crises sobre a própria identidade.
Salvador Silva é um garoto amoroso e descomplicado. Não sabe muito sobre sua origem, apenas que sua mãe faleceu quando ele tinha apenas três anos de idade.
Foi adotado por Vicente, melhor amigo de sua mãe.
Vicente enfrentou preconceitos, por ser homossexual, e soube que nada seria fácil para o garoto, mas tinha certeza que o amor superaria qualquer diferença.
Salvador sempre foi tratado como um verdadeiro membro da família.
mas agora que o tempo passou, ele quer saber quem realmente é.
Ama seu pai Vicente.
Ama sua família adotiva.
Mas um sentimento de raiva, inexplicável, o consome.
Ao lado de seus dois grandes amigos, Samantha e Fito, Salvador tentará encontrar a lógica da sua vida.
Enfrentará seus medos.
Lutará pelo o que acredita.
Sofrerá perdas.
E encontrará lealdade em seu caminho.
Salvador entenderá que sua mãe não lhe escondeu, privou, de nada. Apenas o protegeu.
Uma história que nos mostra o poder do amor.
O quanto a simplicidade é melhor que a ganância.
O modo como o preconceito afasta, maltrata e prejudica os seres humanos.
Um romance poético que nos ensina valores, respeito e amor.
Casa de Livro Recomenda.
- Pai, você acredita em Deus?
- Salvador, toda vez que olho nos seus olhos azuis. Toda vez que ouço você gargalhar. Todos os dias quando ouço sua voz, agradeço a Deus por você. Sim, Salvador, eu acredito em Deus.
Titulo: A Lógica Inexplicável da Minha Vida
Titulo Original: The Inexplicable Logic Of My Life
Autor: Benjamin Alire Sáenz
Páginas: 442
Ano: 2017
Editora: Seguinte
Boa Leitura
Casa de Livro
Karina Belo
Antes de deitar, fiquei olhando para uma foto minha com a Mima. Estávamos sentados na varanda da casa dela, rindo de alguma coisa. Todas as fotos que eu tinha de nós dois eram imagens felizes. Fiquei me perguntando se a felicidade desapareceria quando ela morresse. Mas talvez ela não morresse. Talvez.
Vicente não queria que eu te chamasse de Salvador. Disse que era um nome muito grande e pesado para um menino carregar. "Além disso", ele disse, "Você não é mexicana". Eu ri e disse para ele deixar de ser esnobe. Mas você foi minha salvação. Salvador. Você foi.
Acredito que a amizade do meu pai e minha mãe foi algo incrivelmente raro. O amor deles criou uma família. Uma família de verdade.
Tenho uma lembrança que é quase como um sonho: As folhas amareladas da amoreira da Mima caindo do céu como flocos de neve gigantes. O sol de novembro brilhando, a brisa fresca e as sombras da tarde dançando com uma vivacidade que vai muito além do meu entendimento de garoto. Mima está cantando em espanhol. Há mais canções dentro dela do que folhas em seu jardim.
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