Clássico de José de
Alencar, Til é uma obra lançada em 1872 que retrata a linguagem e os costumes
da vida rural na época em que foi escrito. Retratando com detalhes a vida
campesina, que faz parte do regionalismo de José de Alencar.
O autor retrata os
personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais
características do movimento artístico e intelectual do romantismo.
Til é o apelido de Berta,
a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica,
devido à sua beleza, contada diversas vezes pelo autor, sua compaixão e sua
empatia para com o vilão Jão Fera.
Til é uma menina que foi
rejeitada quando nasceu, sendo criada então por uma viúva chamada Inhá Tudinha,
a qual tinha um filho chamado Miguel.
Til era linda, pequena, esbelta, uma garota que todos adoram, e por quem a maioria dos rapazes
suspiram de amor. Ela e Miguel sempre foram grandes amigos dos filhos de Dona
Ermelinda e Luís Galvão. Afonso e Linda.
Afonso e Miguel são
apaixonados por Berta, e Linda esta apaixonada por Miguel. Porém Berta trata a
todos como irmãos. Luís Galvão também cuida de um sobrinho, órfão de pai e mãe,
chamado Brás, um garoto que tem problemas mentais. Luís faz de tudo para
enviá-lo para a escola, porém o menino não consegue aprender, o que leva seu
professor, o Domingão a bater-lhe muito. Til fica louca, ela realmente se
compadece com a situação de Brás, que se convulsiona em prazer e alegria ao ver
Til. Portanto ela resolve ensiná-lo, e assim ela relaciona cada letra do
alfabeto às pessoas que Brás conhece, sendo que ela representa o til.
Jão Bugre, mais conhecido como Jão Fera, é um temido matador de aluguel da província de Santa Bárbara. Ele nutre um carinho especial por Berta, e sempre observa a garota quando ela vai visitar a negra Zana, que vive em uma casa caindo aos pedaços. Zana também tem problemas mentais e tem um grande terror quando chega perto do quarto da casa, onde parece eu ela revive uma terrível lembrança. Jão Fera foi contratado por um estrando chamado Barroso, para matar o fazendeiro Luís Galvão. Quando Til descobre isso, impede Jão Fera de concluir sua atrocidade, salvando assim a vida de Luís. Mas Jão Fera sabe um grande segredo de Luís Galvão, mesmo Til tendo impedido que a morte do fazendeiro fosse concretizada, Jão Fera irá se vingar mais cedo ou mais tarde.
Jão Bugre, mais conhecido como Jão Fera, é um temido matador de aluguel da província de Santa Bárbara. Ele nutre um carinho especial por Berta, e sempre observa a garota quando ela vai visitar a negra Zana, que vive em uma casa caindo aos pedaços. Zana também tem problemas mentais e tem um grande terror quando chega perto do quarto da casa, onde parece eu ela revive uma terrível lembrança. Jão Fera foi contratado por um estrando chamado Barroso, para matar o fazendeiro Luís Galvão. Quando Til descobre isso, impede Jão Fera de concluir sua atrocidade, salvando assim a vida de Luís. Mas Jão Fera sabe um grande segredo de Luís Galvão, mesmo Til tendo impedido que a morte do fazendeiro fosse concretizada, Jão Fera irá se vingar mais cedo ou mais tarde.
Jão Bugre
tinha grande respeito por Luís Galvão, chegando até a livrar o mesmo de várias
brigas que ele arranjava. Mas ambos se apaixonaram por Besita, a moça mais
bonita de Santa Bárbara. Quando Jão descobriu que Luís estava também apaixonado
pela moça, ficou louco e seu sentimento de amor para com Luís mudou.
Besita,
no entanto, não correspondia ao amor de Luís Galvão, devido à sua má fama de
mulherengo e aproveitador. Ela também sabia que Jão a amava, porém ele pediu
para que Besita aceitasse Luís. O pai dela não aceitou o pedido de casamento de
Luís Galvão, e enganou a filha, dizendo que ele não queria nenhum compromisso.
Por fim Besita casou-se com Ribeiro, filho de um rico fazendeiro da região.
No dia do
casamento Ribeiro disse que precisava resolver uns negócios em Itu, a respeito
de uma herança que recebera. Ribeiro perseguiu o administrador de seus bens até
o Paraná, a fim de receber sua herança e depois disso caiu na gandaia.
Nesse
meio tempo, em uma noite, Luís Galvão enganou a negra Zana, que cuidava de
Besita, e se passou por Ribeiro. Luís passou a noite com Besita, que ao
amanhecer, viu o erro que cometera. Ficou grávida e deu à luz uma menina.
Somente Zana e Jão Bugre sabiam desse segredo.
Jão Bugre só não matou Luís naquela hora porque Besita implorou para que ele não fizesse isso. Depois de dois anos, enquanto Jão Bugre estava fora da fazenda, Ribeiro volta para casa e fica louco de raiva ao ver sua esposa com a criança, que ele sabe não ser sua filha. Ribeiro começa a enganá-la, quando chega Jão Fera para tentar salvá-la. No seu último suspiro, Besita pede para que Jão preteja sua filha, e Zana chega ao quarto no momento em que a moça morre. Ribeiro foge para Portugal e Jão tenta cuidar da menina. Inhá Tudinha chegou a fazendo e leva a menina para criá-la. Jão fica transtornado com a morte de Besita e torna-se um matador.
Jão Bugre só não matou Luís naquela hora porque Besita implorou para que ele não fizesse isso. Depois de dois anos, enquanto Jão Bugre estava fora da fazenda, Ribeiro volta para casa e fica louco de raiva ao ver sua esposa com a criança, que ele sabe não ser sua filha. Ribeiro começa a enganá-la, quando chega Jão Fera para tentar salvá-la. No seu último suspiro, Besita pede para que Jão preteja sua filha, e Zana chega ao quarto no momento em que a moça morre. Ribeiro foge para Portugal e Jão tenta cuidar da menina. Inhá Tudinha chegou a fazendo e leva a menina para criá-la. Jão fica transtornado com a morte de Besita e torna-se um matador.
Agora
após quinze anos, Ribeiro volta de Portugal, mas conhecido como Barroso, e
deseja terminar a sua vingança.
Indo
direto para Santa Bárbara ele contrata Jão Fera para matar Luís Galvão. Nenhum
dos dois se reconhece, mas Luís é salvo por intermédio de Berta. Vendo seu
plano inicial fracassar, Ribeiro planeja uma vingança mais detalhada, matar
Berta e Luís Galvão e tomar o lugar dele como marido de Dona Ermelinda. Para
isso, conversa com dois escravos de Luís, Faustino e Monjolo, para na noite de
São João, trancarem os negros na senzala e atearem fogo no canavial.
Assim que
Luís saísse para apagar os incêndios, eles o jogariam ao fogo, Ribeiro
apareceria para salvar a plantação e tentaria conquistar o amor de Dona
Ermelinda. Jão Fera então descobriu a trama e , na mesma noite quando Luís
tentava apagar o incêndio, matou Monjolo, Faustino e outro jagunço contratado
por Ribeiro, salvando assim a vida de Luís Galvão.
Ele então
perseguiu Ribeiro que só sobreviveu por intermédio de Berta e Miguel. Ribeiro
fugiu, mas quando retornou para matar Berta, Jão já o estava esperando, salvou
então a moça e matou Ribeiro sem piedade. Berta então sem saber de toda a
história ficou horrorizada com tal acontecimento.
Dias
depois de todos os terríveis acontecimentos, Luís Galvão e sua família vão para
a festa do Congo na vila de Piracicaba, para onde Inhá Tudinha, Miguel e Berta
também estavam a caminho. Afonso escapa de seus pais para ir falar com Berta,
porém aparece um estranho dizendo que o pai de Afonso havia matado sua mãe. E
olhando para Luís Galvão o estanho disse que o sangue mal quer o sangue bom de
Luís.
O
estranho era Jão Fera que havia escapado da cadeia. No caminho de volta, Luís
Galvão conta acerca de seu passado à esposa, e depois Berta descobre o seu
passado.
Berta não
aceita como pai Luís Galvão, por conta de tudo o que ele fez no passado, e diz
que o único pai que ela conheceu fora Jão Fera, que sempre zelou por sua
segurança e sempre a respeitou. A única coisa que ela pede é que ele aceite que
Miguel case-se com Linda, contra a vontade de Dona Ermelinda. Luís ainda tenta
convencer Berta a ir com ele para serem felizes juntos, mas ela, por amor à
amiga, não o faz.
Titulo:
Til
Autor:
José de Alencar
Ano: 1872
Páginas:
238
Editora:
Martin Claret
Karina
Belo
-
Sangue de gente, ou sangue de onça, todo é um; tem a mesma cor, e a mesma
maldade. Já estou acostumado com ele. Sente-se a fumaça do churrasco. Eu gosto!
Disse o sicário dilatando as narinas, como se esquisito aroma lhe prurisse o
olfato.
Tu és um monstro! Disse Berta afinal com uma explosão de
horror. Quando te pintavam como um assassino, autor dos maiores crimes e capaz
de cometer toda a espécie de atrocidade, eu não queria crer; porque duvidava
que um homem pudesse transformar-se em um tigre carniceiro; e também porque
tantas vezes te vi tão sossegado e cuidados comigo, e eu não podia imaginar que
se pudesse ter esse rosto bom e tranquilo, tendo-se dentro do coração uma
caninana.
Nos
gestos de Berta, durante esses cuidados, já não se notava a travessa alacridade
que cintilava de ordinário em seus movimentos; e era, pode-se bem dizer, a
radiação de seu gênio. Sua graça então era séria; havia em seu lindo semblante
uma serena efusão da ternura que lhe fluía dos olhos meio vendados e dos lábios
descerrados por um riso gentil.
É
verdade que muitas vezes, como confessara a Miguel dissuadindo-o de tais
idéias, costumava ela encontrá-lo naquelas mesmas paragens, durante as longas
excursões que fazia pelos campos. Mas, recordando-se do aspecto e modo com que
nessas ocasiões lhe aparecia Jão, reconheceu que nessa manhã trazia o capanga
no vulto e no semblante o que quer que fosse de soturno e ameaçador.
Muito bom!
ResponderExcluirEnglish version, soon?
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