Mais
um conto que compõe o livro Risíveis Amores, uma obra divertidíssima que Milan
Kundera nos apresentou.
“Ninguém
vai Rir” é uma história engraçada e envolvente. Trata-se de uma verdadeira
caçada entre “cão e gato”.
Klima
é um professor de história e grande escritor de artigos em uma revista de sua
cidade.
Suas
palavras muitas vezes não são lidas por ninguém, sua pessoa não é respeitada e
nem reverenciada por nenhum ser vivo que ele conheça.
Mas
em certo momento ele começa a ser perseguido pelo eloquente Sr. Zaturecky.
Assim
como Klima, Zaturecky também é escritor, e deseja de todo o coração que ele
redija um parecer sobre um artigo de sua autoria.
O
homem passa a fugir de Zaturecky com uma veemência absurda.
Ele
não quer negar o pedido do único homem que o admira e o respeita. Mas não pode
sujar a sua “imagem” redigindo um parecer sobre um artigo que é um amontoado de
asneiras.
Klima
inventa uma viagem falsa, doença que o deixa hospitalizado. Mas nada tira o
senhor baixinho da sua cola.
Sua
assistente já não sabe mais o que fazer, ele o procura na faculdade onde Klima
dá aulas, todos os dias.
Já
não existem mais desculpas.
Mas
tudo se agrava quando ele descobre seu endereço.
Klima
fica maluco com a perseguição. Ele não consegue mais um momento de paz.
Mas
sabe um modo de se vingar.
E
se vingará daquele baixinho maluco.
Klima
conseguirá se livrar da presença assustadora de Zaturecky?
Ele
será obrigado a redigir uma nota sobre o artigo do velho Sr.?
Ou
irá se livrar completamente da perturbação.
Um
conto fantástico que todos devem ler.
Casa
de Livro Recomenda.
Titulo: Ninguém vai Rir - Risíveis Amores
Autor:
Milan Kundera
Páginas:
236
Ano:
1987
Editora:
Nova Fronteira
Boa
Leitura
Casa
de Livro
Karina
Belo.
Eu o via diante de mim: mesquinho, teimoso,
ameaçador; via o sulco vertical que desenhava em sua testa o traço de sua única
paixão; via esse traço retilíneo e compreendi que era uma linha reta
determinada por dois pontos: meu parecer crítico e seu artigo; e que, exceto o
vício dessa linha maníaca, nada existia em sua vida a não ser uma ascese digna
de um santo. E não resisti a uma malevolência salutar.
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