22 de dez. de 2014

NINGUÉM VAI RIR - (Risíveis Amores) - Milan Kundera.



Mais um conto que compõe o livro Risíveis Amores, uma obra divertidíssima que Milan Kundera nos apresentou.
“Ninguém vai Rir” é uma história engraçada e envolvente. Trata-se de uma verdadeira caçada entre “cão e gato”.
Klima é um professor de história e grande escritor de artigos em uma revista de sua cidade.
Suas palavras muitas vezes não são lidas por ninguém, sua pessoa não é respeitada e nem reverenciada por nenhum ser vivo que ele conheça.
Mas em certo momento ele começa a ser perseguido pelo eloquente Sr. Zaturecky.
Assim como Klima, Zaturecky também é escritor, e deseja de todo o coração que ele redija um parecer sobre um artigo de sua autoria.
O homem passa a fugir de Zaturecky com uma veemência absurda.
Ele não quer negar o pedido do único homem que o admira e o respeita. Mas não pode sujar a sua “imagem” redigindo um parecer sobre um artigo que é um amontoado de asneiras.
Klima inventa uma viagem falsa, doença que o deixa hospitalizado. Mas nada tira o senhor baixinho da sua cola.
Sua assistente já não sabe mais o que fazer, ele o procura na faculdade onde Klima dá aulas, todos os dias.
Já não existem mais desculpas.
Mas tudo se agrava quando ele descobre seu endereço.
Klima fica maluco com a perseguição. Ele não consegue mais um momento de paz.
Mas sabe um modo de se vingar.
E se vingará daquele baixinho maluco.
Klima conseguirá se livrar da presença assustadora de Zaturecky?
Ele será obrigado a redigir uma nota sobre o artigo do velho Sr.?
Ou irá se livrar completamente da perturbação.
Um conto fantástico que todos devem ler.
Casa de Livro Recomenda.


 Titulo: Ninguém vai Rir  - Risíveis Amores
Autor: Milan Kundera
Páginas: 236
Ano: 1987
Editora: Nova Fronteira

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.



Eu o via diante de mim: mesquinho, teimoso, ameaçador; via o sulco vertical que desenhava em sua testa o traço de sua única paixão; via esse traço retilíneo e compreendi que era uma linha reta determinada por dois pontos: meu parecer crítico e seu artigo; e que, exceto o vício dessa linha maníaca, nada existia em sua vida a não ser uma ascese digna de um santo. E não resisti a uma malevolência salutar.

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