Mais
uma talentosíssima autora, parceira do Blog Casa de Livro.
Angélica
Calheiros nos honrou com um exemplar de sua obra, “Nove Dias para Amar”. Um
livro que me encheu de sentimentos bons, e me fez pensar em detalhes pequenos
que às vezes não percebemos, mas que podem fazer total diferença em nossas
vidas.
“Nove
Dias para Amar” é um romance leve, escrito com uma habilidade impressionante. A
autora soube usar os elementos básicos para compor um romance de sucesso, sem
torná-lo cansativo aos leitores.
Lena
sempre foi uma garota apegada a família. Uma vida feliz, até que uma tragédia
se abateu sobre aquela casa. Seu irmão mais novo, Felipe, morreu em um trágico
acidente.
Sua
vida então desmoronou. Ela se sentia culpada, seu pai se sentia culpado, e sua
mãe culpava a todos ao seu redor. Foi como se uma bomba explodisse,
literalmente, e arrancasse seus membros, deixando apenas a tortura.
Mesmo
após anos, a dor continuava presente. Sentir falta era inevitável, porém o pior
de tudo era saber que sua vida nunca mais seria minimamente suportável.
Cada
dia que se passava a convivência em sua casa se tornava pior. Seus pais só
brigavam, já não aguentavam ficar um ao lado do outro. Lena parecia invisível
aos olhos deles.
Mas
para surpresa, sua mãe decidiu que eles deveriam viajar. Só os três. Fazer um
passeio em família e tentar apagar algumas lembranças que tanto os atormentava.
Ela
queria recuperar sua família. Seu marido, sua filha. Ela queria forças para
conseguir seguir em frente, para demonstrar todo o amor que sentia por quem
estava ao seu lado.
Partiram
então para Cabo Frio, Rio de Janeiro. Após algumas turbulências na viagem, se
hospedaram em uma pousada de frente para a praia. Passariam ali nove dias. Nove
dias que serão inesquecíveis para Lena, e que mudarão totalmente o rumo de sua
história.
É
nessa viagem que Lena descobre o significado do amor.
Em
um lugar totalmente diferente de sua realidade, onde as lembranças surgirão
como facas em seu coração. Que as brigas se tornarão cruciais, que decisões
serão tomadas e desafios enfrentados.
Mas
serão no meio de todos esses distintos sentimentos que Lena conhecerá Ian.
Ian
é um garoto encantador, trabalha na cozinha da pousada onde ela está hospedada.
Será
ele que irá estender a mão no momento em que ela mais precisar?
Ele
que estará ao lado dela, dando força e dizendo as palavras certas para vê-la
sorrir.
Será
ele que realizará seus sonhos?
Mas
são apenas nove dias.
Nove
dias que Lena terá para amá-lo, para ter a plena certeza de que Ian é a pessoa
que ela deseja em sua vida, pela eternidade.
Qual
será o desfecho dessa magnífica história?
Seus
pais conseguirão se entender?
Lena
poderá encontrar algum momento de paz?
Seu
amor por Ian será correspondido?
No
meio de todas aquelas pessoas diferentes, ela se sentiu em casa.
Momentos
difíceis passaram, enfrentou seus medos e passou por desafios totalmente
dolorosos.
Em
uma viagem de nove dias, Lena descobriu o significado da amizade, do amor. E
entendeu que a eternidade, dura o tempo em que é vivida.
Parabéns
Angélica Calheiros, seu trabalho é incrivelmente belo. A equipe Casa de Livro
deseja todo o sucesso, e espera muitos outros livros.
Casa
de Livro Recomenda.
"Se eu pudesse escolher entre receber
muito dinheiro ou ter meu irmão de volta, qualquer pessoa, com o mínimo de
sanidade mental, sabe o que eu escolheria".
Para compra da obra:
Titulo:
Nove Dias Para Amar
Autora:
Angélica Calheiros
Páginas:
150
Ano:
2014
Editora:
Multifoco
Boa
Leitura.
Casa
de Livro.
Karina
Belo.
Tudo naquele lugar era lindo,
principalmente o mar sem fim. Mas, no instante seguinte, sua imensidão me
entristeceu. Eu me lembrei de Felipe e do quanto sentia falta dele. E também de
que, em vez de protegê-lo, eu me distraíra escolhendo conchas perdidas na areia
daquela praia tão distante dessa onde me encontravam agora, mas, ao mesmo
tempo, tão parecida.
- Eu não fui muito nova para organizar o
enterro do meu irmão porque nem você ou minha mãe tinham forças para sair da
cama. Eu não fui muito nova para começar a trabalhar enquanto estudava quando o
senhor decidiu que passar um tempo na casa do seu irmão seria a melhor opção e
minha mãe caiu em depressão. Eu cuidei dela, pai. Eu não fui muito nova para
fazer nada disso, então por que eu seria nova para entender alguma coisa sobre
amor?
Não foi difícil escolher um tema para os
desenhos depois que falara com Ian, semanas atrás. Facilmente, as imagens que
tanto havia me inspirado naqueles nove dias invadiram os meus pensamentos,
acendendo pequenos pontos de luz na minha imaginação. Eu quis desenhar
paisagens solitárias, o mar sob a luz da lua, os tons de azul, roxo e preto do
céu escuro e as estrelas amareladas que enfeitavam a noite. Quis desenhar Ian.
Martha e Marcus, à beira da praia. Meus pais, andando de mãos dadas sobre a
areia. Eu desenhei amor, esperança, momentos únicos e pessoas importantes, tudo
o que marcara a minha vida durante os nove dias que eu tinha passado longe de
casa.
Eu me lembro de ter lido em algum lugar que
se apaixonar é uma bênção e uma tragédia, ao mesmo tempo. Uma bênção porque, se
você ama alguém, é sinal de que o seu coração teve um desejo realizado,
provavelmente o maior de todos. Uma tragédia porque, muitas vezes, o amor acaba
em dor. Eu me apaixonei por você e, se para outras pessoas ou até mesmo para
você isso acabou em tragédia, eu sinto muito, mas não voltaria atrás nem por um
segundo.
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